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Ativo é tudo aquilo que gera dinheiro para você; passivo é tudo aquilo que tira dinheiro de você.
Essa é a definição de ativos e passivos que usamos no Método Liberdade Financeira, inspirado no clássico da literatura “Pai Rico Pai Pobre” de Robert Kiyosaki.
No artigo passado, nós falamos sobre os tipos de patrimônio que encontramos definições; e também definimos o que é o patrimônio pessoal para o Método Liberdade Financeira.
Nesse artigo, vamos aprofundar na interpretação dos ativos. Você vai aprender:
O QUE É UM ATIVO?
Ativo é tudo aquilo que gera dinheiro para você, sem que você precise fazer grandes esforços.
Em outras palavras, é o dinheiro trabalhando para você!
Coincidentemente (ou não?!), o dinheiro trabalhando para você também é o numerador do nosso Grau de Liberdade Financeira.
Dessa forma, ter um volume maior de dinheiro trabalhando para você é uma das maneiras de alcançar a sua liberdade financeira.
Nós gostamos de dividir os ativos em duas categorias: ativos de baixa liquidez e ativos de alta liquidez.
Aprofundando um pouquinho no termo técnico “liquidez“, trata-se da facilidade em que um ativo pode ser convertido em fluxo de caixa.
Um ativo de alta liquidez, por exemplo, é o dinheiro que você deixa na poupança. A qualquer momento você pode ir lá e sacar esse dinheiro, transferindo-o para sua conta corrente.
Já um ativo de baixa liquidez é um imóvel que você aluga. Para que esse imóvel se transforme em dinheiro, é preciso passar por um processo de venda, o que demora meses, ou talvez anos. Dessa forma, a velocidade com que esse ativo se transforma em dinheiro é um pouco menor.
Pri, o que é melhor? Ter um ativo de alta liquidez ou de baixa liquidez?
Depende… Depende da sua estratégia, e nós vamos aprofundá-la melhor em artigos futuros. Por enquanto, é importante você entender o que são os ativos.
ATIVOS DE ALTA LIQUIDEZ
No Método Liberdade Financeira, consideramos ativos de alta liquidez todo e qualquer investimento que você tenha – ou seja, seu dinheiro rendendo em uma aplicação.
Alguns exemplos de ativos de alta liquidez são:
- Dinheiro em conta corrente que tenha rentabilidade;
- Dinheiro aplicado na poupança;
- Dinheiro aplicado em CDB;
- Dinheiro aplicado em títulos bancários;
- Dinheiro aplicado no Tesouro Direto;
- Dinheiro aplicado na Bolsa de Valores;
- Dinheiro que está na corretora;
- Dinheiro aplicado em dólar, commodities, derivativos, etc;
- Dinheiro aplicado em fundos.
Você também pode interpretar os ativos de alta liquidez como todo o dinheiro que você tem que não está na sua conta corrente, nem em dinheiro em espécie na sua mão.
Todos esses ativos conseguem se transformar em dinheiro (fluxo de caixa) de maneira relativamente rápida.
É óbvio que, para vários deles, se você tirar o dinheiro aplicado antes do momento do vencimento, você estará perdendo rentabilidade. Mas, em um caso de emergência, você consegue tirar esse dinheiro de lá, via de regra, em menos de 1 semana.
A principal característica dos ativos de alta liquidez é que o dinheiro trabalha para você sem que você faça muito esforço.
Afinal de contas, o que você precisa fazer para render seu dinheiro que está aplicado no Tesouro Direto? Nada… Apenas deixar o dinheiro lá!
Quando falamos de renda variável, pode ser que seu esforço de acompanhamento e organização de ordens possa ser um pouco maior, mas ainda nada se compara ao esforço que você faz quando troca seu tempo por dinheiro, ou seja, quando você trabalha.
E, sempre que você quiser, você consegue ver o extrato do seu dinheiro investido e saber quanto exatamente tem em cada uma das suas aplicações.
Essa é a característica que nós mais gostamos dos ativos de alta liquidez: a qualquer momento você consegue saber quanto teria caso precisasse transformar todos os seus ativos em fluxo de caixa nesse exato momento!
ATIVOS DE BAIXA LIQUIDEZ
O exemplo clássico de um ativo de baixa liquidez é um imóvel alugado.
Esse tipo de ativo costuma gerar renda de duas maneiras: aluguel e valorização.
Imagine que você tenha um imóvel, que comprou por R$ 200 mil, e hoje está alugado por R$ 1 mil por mês.
Esses R$ 1 mil mensal é o dinheiro trabalhando para você a partir do aluguel do imóvel. Você conta com seu imóvel nos ativos de baixa liquidez e, todo mês, o valor do aluguel entra no seu circulante.
Agora vamos imaginar que esse mesmo imóvel foi vendido 5 anos após ter sido comprado, e o valor da venda foi de R$ 300 mil. O lucro, portanto, foi de R$ 100 mil em 5 anos.
Essa é a segunda forma desse ativo de baixa liquidez fazer o dinheiro trabalhar para você. E é justamente por essa forma que classificamos esse ativo como “baixa liquidez“.
Durante esses 5 anos que você permaneceu com o imóvel, o valor dele no seu patrimônio pessoal foi de R$ 200 mil.
Você apenas teve o lucro de R$ 100 mil quando efetuou a venda, algo que pode ter demorado meses ou anos para se concretizar.
Mais ainda: você conseguiu uma boa negociação vendendo esse imóvel por R$ 300 mil. Não são todos os imóveis hoje que tem tamanha valorização no mercado.
E, durante os 5 anos que você ficou com o imóvel, não conseguiu ir acompanhando seu valor no momento – pois é possível que se vendesse no terceiro ano, por exemplo, só conseguisse vendê-lo por R$ 180 mil.
Os ativos de baixa liquidez possuem essa característica: podem te dar uma monetização mais recorrente (como o aluguel), ou te dão uma monetização apenas no momento da venda, com a valorização do imóvel.
Pense por exemplo em um terreno comprado para investimento, no sentido de valorização. Durante todo o tempo que você permanecer com esse terreno, o valor dele no seu patrimônio pessoal será o valor que você o comprou.
Apenas quando vendê-lo é que estará realizando seu lucro e portanto aumentando seu ativo.
Um terreno é outro exemplo clássico de ativo de baixa liquidez.
Mais alguns exemplos de ativos de baixa liquidez
- Negócios que não exijam seu tempo nem sua presença: quando você possui participação societária em empresas, e não tem qualquer função dentro da empresa, mas ainda assim recebe seus dividendos, você tem o dinheiro trabalhando para você!
- Royalties de Propriedade Intelectual: É o valor pago ao proprietário pelo direito de usar, explorar ou comercializar um produto. Após a criação desse ativo e consolidação do royalty, o proprietário não faz mais esforço nenhum para receber esse dinheiro.
E você, conhece mais alguma maneira de ter o dinheiro trabalhando para você? Se sim, deixe aqui nos comentários!!