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As pessoas acham que é mais dinheiro o que elas precisam. Errado, não é dinheiro o que você quer! Também não é o que o dinheiro pode comprar. O que você quer é acesso, e não posse, e vou te explicar mais sobre isso nesse artigo.
DINHEIRO É APENAS UM MEIO
Primeiro você precisa entender que dinheiro é apenas um meio.
Dinheiro não é felicidade.
Dinheiro não é saúde.
Sim, dinheiro é importante e não vamos negar isso. Mas quando você entende que não é dinheiro que você quer, tampouco o que ele pode comprar, suas decisões financeiras mudam.
E sabe o que acontece quando suas decisões financeiras mudam?
Sua vida muda!
Deixa eu te explicar a diferença entre acesso e posse, aí as coisas vão ficar mais claras.
POSSUIR ALGO NÃO TEM VALOR ALGUM. ACESSO É O QUE VOCÊ QUER!
Deixa eu te perguntar, quando você quer conhecer um país diferente, você compra um apartamento e um restaurante naquele país ou você aluga um quarto de hotel e reserva um restaurante?
Entende que o que você quer é ter acesso a um lugar para ficar, e a um delicioso jantar?
Quando um rico compra uma lancha, ele quer passear de lancha, ele não quer ter uma lancha.
Ter uma lancha dá muito trabalho!
Talvez os exemplos que eu tenha dado sejam pouco práticos, mas eles são claros para você entender o conceito.
A minha pergunta agora é: Você quer ter um apartamento (posse) ou quer ter acesso a um lugar que possa morar de maneira confortável (acesso)?
Quando você responde essa pergunta, isso abre portas para análises entre comprar e alugar.
A mesma coisa acontece com o carro.
Dá trabalho. Você precisa abastecer, fazer seguro, deixar os documentos em dia, cuidar para não ter multa, fazer revisão, trocar os pneus, óleo e tudo mais.
É isso que você quer ou você quer se locomover?
Porque não pensar em outras possibilidades de locomoção? Ônibus, táxi, Uber!
Você quer ter acesso, não posse ou muito menos dinheiro! Dinheiro é apenas o meio de conseguir acesso, mas ainda sim, o acesso a algumas coisas nem depende dele.
UM NOVO MUNDO VOLTADO AO ACESSO
Para você não achar que eu pirei de vez, quero te trazer alguns cases, que ainda não chegaram ao Brasil, mas que certamente não vão demorar.
Estes cases indicam como a economia está mudando para um cenário de acesso e não de posse.
Empresas que vendem sofá nos Estados Unidos já estão vendendo mensalidade de sofás!
Como assim?
Basicamente você paga uma mensalidade para ter um sofá na sua casa.
Você escolhe o modelo, a empresa leva até a sua casa, dá manutenção de estofamento quando necessário e depois de 3 anos retira o sofá e troca por um novo.
O sofá não é seu. Mas você quer ter um sofá no seu nome, como seu patrimônio, ou quer ter um lugar confortável para sentar?
Supermercados já estão testando oferecer geladeira de graça.
Simplesmente porque você não quer uma geladeira, você quer comida refrigerada, seja a geladeira sua ou não.
Você simplesmente paga uma mensalidade, revertida em crédito para alimentos no mercado, e em troca eles te fornecem a geladeira.
COMO ISSO MUDA O MEU DIA A DIA E MINHAS FINANÇAS
Ao pensar sob a ótica de acesso, você muda o seu fluxo financeiro.
O que isso quer dizer?
Se no lugar de ter um carro você andar de Uber, você de cara elimina um custo oculto e muito significativo da sua vida, chamado depreciação.
Depreciação é basicamente a desvalorização do seu carro. A cada ano ele vale menos. Isso não tira dinheiro imediatamente da sua carteira, mas é como se você tivesse um capital investido que a cada ano vai sendo reduzido.
Vamos supor que você comprou um carro de R$30.000, e no final do ano ele está valendo R$27.000, isso significa que embora não tenha saído dinheiro da sua carteira, é melhor você ter economizado R$3.000 porque cedo ou tarde você vai querer trocar de carro e vai precisar dessa diferença.
A segunda grande diferença entre a posse e o acesso, é que para a posse, na maior parte dos casos você precisa ter o dinheiro na frente.
Isso quer dizer que você vai lá e paga os R$30.000 no carro, enquanto que para andar de Uber você não tem esse investimento inicial, e com isso pode aplicar o valor.
Quando você aplica R$30.000 e ele te rende 10% ao ano, você acaba o ano com R$33.000, enquanto a pessoa que tem posse do carro está em uma situação bem diferente.
Ela não tem mais o valor em conta, pois para converter um carro em dinheiro não é de um dia para o outro, e ainda tem um bem desvalorizado em R$3.000, enquanto a pessoa que não tem posse tem o seu dinheiro valorizado em R$3.000.
Isso leva a uma pergunta chave. Quem é o rico nessa história?
Aquele que tem o carro ou aquele que aplicou seu dinheiro?
Se quiser entender mais sobre riqueza x liberdade financeira, veja esse artigo fantástico sobre o tema.