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Separe um capital de risco, faça um planejamento, esteja disposto a perder às vezes para ganhar muito em outras oportunidades.
Entenda que não correr riscos é muito arriscado e que preocupação não é doença, mas sim sinal de saúde.
PORQUE EU DEVERIA CORRER RISCOS
Existe uma máxima nos investimentos e que sempre será valida: Onde estão os maiores riscos estão os maiores retornos.
Isso é simples de entender, vamos exemplificar.
Você tem dois amigos, os dois lhe pediram R$1.000 emprestado.
Um deles você sabe que não tem nenhuma dívida, que sempre honrou com a sua palavra, que ele tem um carro e um imóvel, sempre se planejou (afinal ele leu esse e-book gratuito do Liberdade Financeira), está empregado, mas precisa de mil reais por conta de uma situação inesperada que ocorreu.
Outro amigo seu é desempregado, mora com os pais, gosta de festa e não é muito organizado. Ele tá sempre mal de grana, e também te pediu R$1.000.
Você decide emprestar para os dois e vai cobrar uma taxa por isso.
De quem você cobraria mais juros? Quem você acha que tem mais chance de te pagar?
A resposta é bastante óbvia, assim como também é para os investimentos.
Investir na poupança é bem seguro, por isso o retorno não é alto.
Investir na bolsa de valores em empresas grandes é relativamente seguro, por isso o retorno é melhor.
Investir em empresas que estão começando (startups), ou em criptomoedas, hoje ainda é bastante incerto, e você vai estar correndo bastante risco de perder seu capital, entretanto, os retornos médios costumam ser maiores.
Mas então, qual a melhor escolha?
TENHA SEU CAPITAL DE RISCO E SEU CAPITAL SEGURO
Não existe uma resposta certa para a pergunta acima, e inclusive essa é uma discussão clássica de muitos investidores.
Alguns acreditam que a melhor forma de investir é diversificando, para evitar correr riscos, ou seja, você tem um capital de risco e tem um capital investido em opções mais sólidas, com menor risco.
Eles costumam chamar essa estratégia de “não colocar todos os ovos na mesma cesta”.
Outros acreditam que o melhor é justamente colocar todos os ovos na mesma cesta, mas vigiá-la com atenção, e defendem posturas mais agressivas, com maior capital de risco envolvido.
E nós do Liberdade Financeira, no que acreditamos?
Primeiro, não gostamos da conotação negativa da palavra “risco”, achamos que sempre deve ser feita uma avaliação em forma de tríade.
A tríade é composta por risco, retorno e planejamento.
Como assim?
Risco e retorno são mais comuns, e sempre devem ser avaliados.
Aplicar em algo que tenha alto risco com baixo retorno nunca será um bom negócio. Se você for correr riscos, ao menos se certifique que os retornos esperados sejam bons o suficiente.
Mas o terceiro ponto, e que faz a diferença na sua escolha, é o planejamento, e é sobre ele que quero falar mais.
Se você está investindo para usar esse dinheiro em breve (por exemplo para uma viagem, ou comprar uma casa), não é aconselhável optar por investimentos de baixa liquidez e que precisam ficar aplicados por muito tempo.
A flexibilidade de saída do investimento é sempre importante.
Da mesma forma, investimentos que podem variar negativamente pode ser arriscado nesse cenário, afinal você não vai querer cancelar a sua viagem porque o investimento não rendeu da maneira planejada.
Por outro lado se você é jovem, e não vai precisar do dinheiro em breve, sendo o foco da sua aplicação gerar rendimentos e patrimônio futuro, uma dose maior de capital de risco vai encaixar bem com o seu perfil.
Deixa eu dar alguns exemplos.
DEFININDO O TAMANHO DO SEU CAPITAL DE RISCO
Não existe fórmula mágica para definir o tamanho do seu capital de risco, gosto de dizer que se você não está preocupado com seus investimentos, você está arriscando pouco.
Se está preocupado demais, talvez esteja com uma parcela muito grande de capital de risco.
Mas existem formas de descobrir um equilíbrio que lhe deixe confortável e lhe gere bons rendimentos.
Vamos pegar o exemplo do João. Ele tem 30 anos, ganha R$3.000 por mês.
Ele consegue viver com R$2.000 e poupa R$1.000, e agora quer saber o quanto desses R$1.000 ele deve investir.
João planeja viajar final do ano para ver uns amigos, e imagina que vai gastar R$2.000 nessa viagem, mas ele tem 10 meses até lá para economizar esse dinheiro.
O restante João poupa para aumentar sua renda, afinal o dinheiro aplicado está trabalhando para ele e ele viu a importância disso nesse artigo.
Nesse cenário, nossa recomendação para o João é:
- Aplicar R$200 por mês em um investimento seguro e com liquidez (ou seja, que possa ser resgatado a qualquer momento), como poupança ou um fundo de resgate imediato. Assim, independente de qualquer coisa, João terá de forma segura seus R$2.000 para viajar no final do ano.
- Dividir os demais R$800 em investimentos conforme sua tolerância ao risco. Com esse montante João pode escolher investimentos que não tenham tanta liquidez (e que em alguns casos trazem melhores retornos). Ele pode dividir esse R$800 em duas parcelas de R$400 e uma delas usar como capital de risco, em mercados que podem lhe trazer retornos altíssimos.
Viu que ainda assim, não existe a resposta certa para o João?
Ao menos sabemos que, é importante que ele deixe R$200 em investimentos mais seguros e líquidos, para garantir a execução do seu plano de viajar.
Mas os outros R$800, serão investidos conforme a tolerância do João ao risco.
Ao menos, ao saber que sua viagem não está correndo risco, talvez ele se torne menos preocupado com o restante do investimento e consiga bons frutos.
Faz sentido essa análise para você?
Esperamos que esse artigo lhe ajude na sua jornada rumo à sua Liberdade Financeira.