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Pouco nos foi ensinado ao longo da nossa vida como estudantes sobre fazer a gestão das nossas finanças.
Mas, mais do que aprender o que é correto, indicado ou recomendado, é importante lembrar que nossas necessidades e consequentemente nossas escolhas mudam ao longo da nossa vida.
Afinal de contas, nosso custo de vida muda de acordo com nosso estilo de vida e esse, por sua vez, muda bastante!
Esse artigo é dividido em duas partes (essa é a primeira) e o objetivo é pontuar algumas das principais características esperadas da sua gestão financeira ao longo dos seguintes períodos da sua vida:
PARTE 1
PARTE 2
ADOLESCENTE DEPENDENTE DOS PAIS
Esse período ocorre desde quando você começa a ter o primeiro contato com o dinheiro (por volta dos 8, 10 anos), até o momento que você tem a sua primeira renda.
Via de regra, nessa fase da sua vida você tem baixa autonomia sobre suas finanças, já que é sustentado pelos seus pais/parentes.
São duas as situações mais corriqueiras desse período:
1. Seus pais te dão dinheiro para atividades específicas, por exemplo, comprar um lanche na escola hoje, ir ao cinema com um amigo ou ir pra balada no final de semana.
Nesse caso, você tem uma visão de curtíssimo prazo do dinheiro, já que recebe uma quantia muito próxima do que realmente vai precisar – talvez até nem suficiente para tudo que você queria.
Provavelmente você não usa nenhum meio de pagamento (cartão de crédito, conta corrente, nem nada nesse sentido) e não tem a menor ideia de qual é seu custo de vida – até porque ele se confunde muito com os custos de vida da sua família como um todo.
2. Seus pais te dão uma mesada fixa, que você usa conforme bem entende. Essa já é uma situação totalmente diferente da primeira, e você começa a ter uma primeira noção de gestão financeira.
Suas necessidades básicas ainda são pequenas, pois a maior parte delas seus pais te dão (alimentação, moradia, transporte). Seus gastos nessa fase da vida são voltados a refeições fora de casa e lazer.
Mas aqui está a primeira oportunidade de você começar a fazer sua gestão financeira pessoal e identificar seu custo de vida.
A partir do momento que você entende o quanto pode começar a poupar já com a mesada dos seus pais, e como suas escolhas diárias se relacionam com seus projetos de longo prazo, você começa a se diferenciar da média.
Agora, se você acha que todo dinheiro que ganha serve mesmo para ser gasto, então seu mindset financeiro já está descalibrado desde o início da sua vida financeira – e provavelmente você sofrerá nas próximas etapas para equilibrar suas finanças.
Esse período costuma ocorrer entre 15 e 18 anos.
Também acontece nessa idade de seus pais te surpreenderem com um presente de 15 ou 18 anos, que eles mantiveram segredo por tanto tempo!
Normalmente eles separam uma quantia e te deixam escolher entre uma festa, um carro ou uma viagem.
A parte engraçada é que dificilmente entra na opção de escolhas uma graninha pra você começar a investir e garantir sua liberdade financeira o mais rápido possível.
Nada contra a escolha que você fez – eu também escolhi a festa de 15 anos quando foi a minha vez! Mas olhando para trás, se eu soubesse tudo que sei hoje sobre educação financeira, com certeza teria reinvestido esse dinheiro.
Por isso que a melhor fase para aprender conceitos básicos de educação financeira é entre os 10 e 18 anos. Você já inicia sua vida profissional com o mindset calibrado e com certeza terá mais facilidade de alcançar sua liberdade financeira.
A PRIMEIRA RENDA
Essa fase costuma acontecer durante sua graduação – entre 18 e 25 anos.
Sua primeira renda normalmente é: uma mesada fixa dos pais, uma bolsa na graduação, uma bolsa de estágio ou o seu primeiro emprego.
Características dessa fase:
- É provável que essa sua primeira renda não seja capaz de te sustentar por completo, e você continue precisando da ajuda de seus pais;
- Se você não saiu da casa deles, ainda tem seu custo de vida bem misturado com o deles. Agora, se já está morando sozinho ou com amigos, você já começa a ter uma boa noção do seu custo de vida;
- Você começa a ter seu primeiro contato com uma conta corrente, e a ter um cartão de débito/crédito;
- Suas necessidades básicas começam a aumentar gradativamente – contas de moradia, alimentação fora de casa (que passa a ser muito mais que a metade das suas refeições), livros e xerox da faculdade, e convívio social (não vai te faltar balada e festa na casa de amigos para ir).
A sensação da conquista da primeira renda, principalmente se ela for uma bolsa de estágio ou um primeiro emprego, te empodera frente aos seus pais.
Com o seu dinheiro, você quer fazer o que bem entende. E é exatamente aí que nasce seu perfil financeiro.
O que “você bem entende” pode ser comprar roupas que seus pais nunca quiseram/puderam te dar, comer em restaurantes mais caros, financiar um carro ou começar a conquistar sua liberdade financeira – ou seja, investir.
Suas decisões nessa fase da vida vão determinar o quão rápido você alcançará sua liberdade financeira.
Nesse período, o Método Liberdade Financeira recomenda fortemente que você já tenha uma ferramenta para calcular seu custo de vida, e já inicie seus rituais semanais, mensais e anuais.
Não importa quão pouco você ganha ou quão baixo é seu custo de vida – o que importa é você ter consciência de como seu dinheiro é gasto e quais escolhas você faz entre o curto e o longo prazo.
SAINDO DE CASA (OU NÃO…)
Entramos no início da vida adulta, onde você já tem uma renda própria (que ainda pode ser um estágio ou seu primeiro emprego), mas que já te propicia alguma independência financeira dos seus pais.
Você começa a fazer escolhas financeiras mais complexas, como morar fora da casa dos seus pais, comprar um carro, uma casa, ajudar nas despesas da família, entre outras.
Via de regra, essa é a melhor hora para você investir dinheiro – especialmente se escolheu ficar na casa dos pais!
É o momento que sua carreira profissional começa a decolar e você começa a ter o gosto de ter seu próprio dinheiro – mesmo que, não necessariamente, você goste dessa sua carreira.
Normalmente é nessa fase que a maioria de nós começa a estudar alternativas de investimentos e a tentar entender um pouco mais como lidar com sua gestão financeira.
Acontece que, dependendo da forma como você começa a se educar financeiramente nesse período, você entra em tópicos avançados de investimento sem saber o básico.
Isto é, você aprende a mexer no Tesouro Direto, na bolsa de valores, mas está cheio de dívidas do cheque especial e do cartão de crédito.
Você tem um dinheiro guardado na poupança, mas por escolha própria resolveu comprar um carro financiado em 48 vezes.
Nessa fase da vida, a maior parte de nós ainda não entende bem a relação entre as decisões financeiras de curto prazo e a nossa liberdade financeira.
Pensamos apenas no fluxo de entrada de renda – e ganhar mais é sempre melhor. Esquecemos muitas vezes de nos preocupar com o fluxo de saída e fazer um bom gerenciamento do nosso custo de vida.
Não entendemos a diferença entre um ativo e um passivo, e começamos a lotar nosso patrimônio de passivos, só porque todo mundo faz assim.
No próximo artigo, vamos explorar as próximas fases da sua vida, que normalmente acontecem não mais sozinho, mas agora com uma visão familiar.
O Método Liberdade Financeira está aqui para te ajudar, independente da fase de vida que você esteja passando. Acreditamos que você vale mais do que dinheiro que você ganha – seja ele mesada, bolsa, salário, ou INSS.
E queremos te ajudar a encontrar seu real propósito de vida, independente das escolhas financeiras que tiver que fazer no meio do caminho.
Por isso, se ainda não conhece nosso Grau de Liberdade Financeira, baixe agora o e-book: “O primeiro e mais importante passo para você conquistar sua liberdade financeira“.
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